sábado, 23 de julho de 2011

Manon, Colombo e Cavé.

Estou planejando um post sobre as três principais confeitarias tradicionais do Centro do Rio desde que retomei o blog, mas por ainda não estar satisfeita com as fotos e informações que tenho, protelei o texto o quanto pude. Achei, no entanto, que essa é a hora. Voi-là:
As ditas cujas são: Manon, Cavé (lê-se Cavê) e Colombo.
Tenho uma relação bastante particular com a Manon da rua do Ouvidor porque estudei lá perto e, por bastante tempo, esse foi o lugar de encontros antes das aulas (ai, que saudade!). O melhor da Manon, na minha opinião, são os biscoitos amanteigados, que para quem almoça lá, é cortesia, e os doces de fabricação própria e inspiração lusitana, como o Madrilenho e o Palmier coberto de açúcar, meu favorito.
A coxinha com catupiri é um outro itém de sucesso, mas os demais salgados e sanduiches, que vêm bem servidos, me parecem ser bastante burocráticos. Não me ative a preços aqui porque julguei desnecessário, já que com R$10,00 lá se faz a festa.
O ambiente é bastante agradável, mas no final da tarde costuma encher. Gosto da garçonete Maria, antiga na casa e sempre simpática. Há cerca de dois anos, a Manon comprou o espaço da antiga Casa Cavé, que fica na esquina da rua Sete de setembro, com Uruguaiana, o reformou, e abriu uma confeitaria igual a da Rua do Ouvidor, mas mais bonita. Nota: 8,0, com destaque para o pão na chapa.



Madrilenho

Palmier coberto

Na Colombo fui poucas vezes. Em uma delas, tomei, junto a uma amiga, o chá da tarde completo, que custa por volta de R$50,00. É bem farto, mas não tinha nada saborosíssimo. Vale mesmo pela beleza do local que faz a gente se sentir na Belle epoque. Não tive tempo de ir lá recentemente, mas assim que conseguir, experimentarei algo diferente, tirarei boas fotos e mostrarei aqui.
Há alguns anos, a casa abriu uma nova filial, no Forte de Copacabana, que é um primor. Ampla e comfortável, mas com cardápio reduzido.
Ponto fraco: Eles ainda usam sorvete Kibom, mas cobram como se tivessem sorvetes artesanais. Erro crasso.
Nota: 8,0, com destaque para os waffles com mel.
Essa foto foi tirada por mim numa segunda feira a tarde. Sucesso, não?


A melhor, sem nenhuma dúvida, é a pequenina Cavé, que guarda suas delicias (infinitas) num espaço charmoso da Rua Sete de Setembro, na direção da Praça Tiradentes. Tudo na Cavé é gostoso: Coxinha, caldo verde, pastéis fritos na pedra (?), bolinho de bacalhau, sorvetes e os doces. Esses formam um mundo encantado que só funciona ali dentro. Os biscoitinhos são todos deliciosos, mil folhas, bombas e uma variedade inacreditável de doces feitos com ovos. Tudo delicioso.
Meu doce preferido é a argola dourada, que custa mais ou menos R$4,00 a cada 100 gramas (5 unidades), mas também gosto dos ovos moles de Aveiro e do pastel de Santa Clara.
A Cavé é um lugarzinho. Lá atrás, depois que acabam os balcões, tem um salão antigo, onde nenhum celular dá sinal. Super coquete.
Nota: Dez, com destaque para os azulejos portugueses antigos, que formam mosaicos belíssimos nas paredes.




Argola dourada e salão

Vitrais do saão
Os azulejos

Mil frutas - Atualizado.

Não pude tirar fotos, mas hoje fui ao Mil Frutas da Gárcia D'ávila e experimentei um dos sabores de festa junina, "rapadura com queijo", indicado pela minha querida Maria, a melhor gerente do mundo, que sabe explicar direitinho cada composição de sorvete e pode indicar muito bem o que combina com o que. A bola está R$9,00, mas duas saem a R$15,00. É caro, mas vale a pena. Eu combinei a minha rapadura com mandioca e coco, mas tem um sorvete lá de caramelo com flor de sal que olha, só Jesus!
Maria me contou, ainda, que a loja de Ipanema tem 11 anos e a do Jardim Botânico, 23.
Vida longa as delicias cariocas!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

domingo, 17 de julho de 2011

Aconchego Carioca - Post atualizado

Já falei brevemente aqui sobre o Aconchego Carioca, que é o meu novo endereço gastronômico favorito. No entanto, em razão do real caráter diferenciado do lugar, decidi escrever um post com fotografias e preços exatos, para de fato fazer com que o leitor entenda que deve largar o que está fazendo e ir pra lá agora.
Fui ontem, sábado, almoçar lá com uma amiga (a mesma com quem fui pela primeira vez). O Aconchego fica na Rua Barão de Iguatemi, nº 379, atrás da Praça da Bandeira, num lugar esquecido e bucólico, cheio de casinhas antigas e lojas com cara de mercearia. A melhor forma de chegar lá, se não for de carro, é saltando na Praça da Bandeira, entrando na Rua do Matoso e virando à direita.
Esperamos 20 minutos para conseguir uma mesa e, por sorte, fomos encaminhadas para o jardim, que ao meu ver é o espaço mais agradável do restaurante.


Fui decidida a pedir a entrada "Deixa arder", R$18,00, que são pimentas recheadas com carne seca e requeijão. Além de querer degustar novamente a iguaria, também achei que seria importante fotografar e postar aqui como é o prato, porque quando eu conto as pessoas costumam ter dificuldade para imaginar como se recheia uma pimenta. Voi-là:



Pedimos ainda o bolinho de feijoada, que veio com torresmos sequinhos e com uma cachacinha de limão, também por R$18,00 muito bem pagos.


Mas a grande surpresa do dia foi o prato principal: Futrica da roça, R$32,00, que é uma picanha suína ao molho de cebola caramelizada e banana da terra, com um leve toque de maionese e molho de cerveja. De-li-ci-o-so. Tive a sensação de nunca ter sentido aquele gosto na vida e acho que essa, e a transposição aos sabores da infância, são duas das grandes funções da boa comida.




Tirei ainda fotografias do cardápio, de detalhes do banheiro feminino (porta, espelho veneziano e chita na parede), belíssimo, que fica no jardim, do hall que leva o salão principal à área externa, do atelier fru fru, que fica ao lado do restaurante, de um dos potinhos de pimenta gostosíssima que ficam em cada mesa e da cerveja "Brooklin", indicada pelo garçom Diogo, fofíssimo, que minha amiga tomou e adorou. Saiu a R$13,00.





Nota: Mil, com destaque para a vontade que a gente fica de voltar lá no dia seguinte.

sábado, 16 de julho de 2011

Bares da Lapa - Barbieri

Em meio ao fervo da Lapa, onde a rua Mem de Sá está no auge, fica o Barbieri. O bar aproveitou o fato de o espaço ter abrigado, por muitos, anos um barbeiro, para fazer uma docoração diferenciada com o tema. Nos cantinhos, as cadeiras são originais de salões masculinos e os quadros nas paredes podem ser uma ótima distração para aquela hora que a conversa entre os amigos enveredou para o assunto "seriados americanos" e o último que você assistiu foi Friends, ou para quando o carinha do cursinho do Eduardo, que está perto de você por uma infeliz coinscidência, começa a falar mal de políticos que você admira.
Os garçons são educados e o lugar tem um certo clima moralista. Ontem a tv estava ligada na novela "O astro" e quando a nudez de Carolina Ferraz estava latente, subitamente o canal foi trocado e todos os clientes entretidos tiveram que se conformar com o SporTV.


O cardápio é bem variado e tem alguns iténs da culinária portuguesa de nome sui generis, como a "Punheta de bacalhau", que ao que tudo indica, parece ser uma delícia. Eu tomei um caldinho de feijão, que custa R$7,50 e vem com uma farta cestinha de torradas, e provei o sanduiche Bauru de um amigo. Ambos bem gostosos.


Em outra ocasião, já tinha provado o pastel de palmito e o bolinho de bacalhau. Gostosos. As opções de sobremesas incluem aqueles doces de ovos deliciosos que são iguais em todos os lugares e que lá, saem a R$4,50. Comi o pastel de Santa Clara e o Toucinho do Céu. Não tinham gosto de novidade, mas têm o sabor competente.
O melhor do Barbieri, no entanto, é a vista para a rua. As sextas e sábados após as dez, então, com o fechamento da área, se pode ver com atenção o casario antigo, bem iluminado, que fica em frente, e as pessoas passando, lindo.
Reparem na vista ao fundo.

Nota: 8,0, com destaque para a caipirinha a R$6,00.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Bares da Zona Sul - Odorico

Já fui três vezes ao Odorico, na Voluntários da Pátria, ao lado do Espaço Sesc de Cinema. Na primeira não gostei muito, na segunda adorei e nessa última saí novamente insatisfeita. Fui com cinco amigos depois do trabalho. Estávamos com fome e percebemos que os preços não eram exatamente convidativos, mas demos uma chance. Pedimos o gurjão de peixe, não tinha. Pedimos a empada de camarão, não tinha. Fomos ao banheiro, não havia papel e o pior, a descarga não estava funcionando.

Eu me lembrava que a berinjela italiana (R$15,90) de lá era uma delícia e já cheguei decidida a pedi-lá. Um acerto, realmente muito gostosa.

A alegria, entretanto, não durou, quando pedimos a batatinha calabreza, que eles chamam de "Batata brava"(R$14,80), ela veio frita, ao invés de ao dente. Como isso não constava no cardápio, chamei a garçonete, expliquei minhas razões e devolvi a porção. Ela foi educada e aceitou sem problemas.
Acabamos pedindo um gurjão de frango (R$27,00) e pastéis de camarão (R$18,90), que estavam bons, mas não especiais.


Percebi que o cardápio foi modificado recentemente e agora tem mais opções disponíveis, sopas, saladas, sanduiches, pratos executivos e sobremesas, entre outros iténs. O caldinho de feijão sai a R$11,00 (acho importante falar do caldinho porque ele é um prato curinga, todo lugar têm que ter e tem que ser gostoso) e a empada aberta custa R$7,50. Nada barato.
Lamentei a decepção porque no próximo dia 22 desse mês, será inaugurado o Odorico da Tijuca, que funcionará na rua Doutor Satamini, em uma casa enorme, que ficou belíssima após a reforma. Espero poder mudar minha má impressão.
Nota: 6,0.

Almoçar no Centro/ Café no Centro - Caffe Ole

Fica na Rua Luís de Camões, bem ao lado do Largo de São Francisco, alegrando o entorno da Praça Tiradentes e dando um toque de sofisticação a rebordosa do Saara, o Caffe Ole, charmoso restaurante que funciona junto a um sebo lindíssimo. Por ser próximo ao Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, do Real Gabinete Português de leitura (o que explica o nome da rua) e do Teatro João Caetano, atrai um grande número de intelectuais e aspirantes. É o lugar certo na hora certa.
O que sobressai no espaço, bem amplo por sinal, é o bom gosto. Os jogos americanos das mesas, estampados com a Marilyn Monroe harmonizam com as estantes vermelhas e os papéis de parede. Tudo sempre limpo. Na hora do almoço o movimento costuma ser grande, mas a tardinha lá é o lugar certo pra se conversar reservadamente rapidinho ou por horas.


O cardápio deles é bem variado, saladas, massas, molhos originais, carne, pães, quiches, um kibe de forno único, bolos, alfajores Havana, trufas de chocolate de-li-ci-o-sas, cafés impecáveis e sanduiches.



Já experimentei quase tudo e garanto a qualidade, mas vou me deter a um ítem em especial: O sanduiche King Stward. Feito na baguete, com recheio de queijo brie, nozes e chutney de manga. Essa iguaria me conquistou para sempre, nunca comi nada parecido. Com azeite, e o que eles têm lá é ótimo, se torna um manjar a ser disputado pelo Olimpo inteiro.

Os preços são honestos com a proposta do lugar. As massas custam entre R$20,00 e R$30,00, os sanduiches, R$15,00, cafés, os salgados e os doces, não passam de R$10,00. Os garçons são muito educados e o sócio espanhol, Pedro, é o melhor exemplo de gentilieza e simpatia.
Defeito: Fecha cedo, as 19 horas, mas tenho certeza que com a revitalização, já em andamento, da área, isso vai mudar.
Defeito 2: As vezes o chutney de manga está em falta, mas nesse caso a solução é provar uma das demais opções de sanduiches, que são todos muito bons: Alemão, com salsicha alemã, espanhol, com omelete e pão de tomate perfumado, e Netuno, com atum e salada.

Nota: Dez, com destaque para o café com doce de leite, com trufinhas de acompanhamento e para a água mineral Ouro Fino, que tem as garrafinhas super fofas.

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